Google+ Canal Brasília: outubro 2010

14 de outubro de 2010

O grande vencedor das eleições no DF

Por Leandro Lisbôa

Com o fim do primeiro turno eleitoral, o cenário político em geral mostra que o Brasil está em perfeita desordem e precisando de governantes capazes e que dêem voz à população. 

Em Brasília, com o julgamento da Lei da Ficha Limpa e a indecisão por parte do STF se a lei valeria para essas eleições ou não transformou uma situação que estava ruim em pior ainda. Um dos principais candidatos ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, foi pego pela lei e por conta das incertezas políticas, resolveu renunciar sua candidatura e colocar sua esposa, Weslian Roriz, em seu lugar.

Weslian, que nunca exerceu qualquer mandato político, assumiu a candidatura do marido às vésperas das eleições. Os candidatos adversários esbravejaram, coligações entraram com pedidos de impugnação de candidatura e nada foi aceito. 

Enfim, a candidata participou de debate televisionado e mostrou que é completamente despreparada para assumir o governo da capital do país. Atrapalhou-se, apenas leu o que estava escrito em folhas etiquetadas e se expôs ao ridículo, sendo considerada uma comediante. Entretanto, durante todo o tempo de campanha, Weslian apareceu com seu marido ao lado, inclusive na propaganda obrigatória. O casal Roriz foi apelidado de “Casal 20”, em referência ao número da candidatura. Desta forma, Roriz continuou sendo o candidato, transformando sua esposa em “laranja”.

No fim das contas, no dia do pleito, a candidata conseguiu 32% dos votos válidos e a decisão para o governo de Brasília ficou para 31 de outubro. Isso mostra que Roriz é, na verdade, o grande vencedor das eleições no DF, pois, mesmo judicialmente impedido de concorrer, esteve ao lado de sua mulher e a levou ao segundo turno.

7 de outubro de 2010

Duplicação da BR-280 em SC

Leandro Lisbôa

Edital de licitação para execução das obras deve ser publicado este mês

Em cumprimento ao disposto na Lei 8.666/93, o DNIT realizou, em setembro, Audiência Pública para apresentar o projeto final da duplicação da BR-280 em Santa Catarina, no trecho de 74 quilômetros localizado entre os municípios de São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul. Com a licença ambiental prévia concedida pelo Ibama, o edital de licitação para execução das obras deve sair ainda este mês. A obra tem início previsto para fevereiro de 2011 e cerca de três anos de duração.

O Estudo de Impacto Ambiental da BR-280 prevê a execução de 15 programas ambientais no período das obras, com o objetivo de mitigar e eliminar os danos provocados pelo empreendimento. De acordo com o roteiro, os programas, que trarão melhorias e benefícios para a região afetada são: Programa de Gestão Ambiental, Proteção a Fauna e flora, Monitoramento da Qualidade de Água, Educação Ambiental para os Trabalhadores da Obra, Comunicação Social, Adequação e Recuperação de Áreas Degradadas, Adequação dos Passivos Ambientais do Meio Socioeconômico, Proteção ao Patrimônio Arqueológico/ Histórico e Cultural, Apoio às Comunidades indígenas e o Programa de Desapropriação.

As obras, que correspondem a um investimento de R$955 milhões, serão realizadas nos seguintes subtrechos:
Lote 1.1
De Porto de São Francisco do Sul - do km 0,7 até o km 36,7;
Orçamento de R$ 324, 9 milhões;

Lote 2.1
Subtrecho da BR-101/SC - do km 36,7 até o km 50,8;
Orçamento de R$ 131,5 milhões;

Lote 2.2
Entr. SC-108 – Jaraguá do Sul, do km 50,8 até o km 74,6.
Orçamento R$ 498, 6 milhões.

6 de outubro de 2010

Candidatos ao GDF estudam como não perder votos

Por Lilian Tahan e Ricardo Taffner 

Agnelo buscará a ajuda dos derrotados nas urnas e o reforço de Lula, enquanto o PSC apostará na comparação das administrações anteriores de Roriz com as do PT

Mesmo com uma diferença de pontuação considerável entre o primeiro e o segundo colocados na disputa pelo governo do DF, as circunstâncias destas eleições obrigam os candidatos a rever estratégias para o segundo turno da batalha eleitoral. Os grupos de Agnelo Queiroz (PT) e de Weslian Roriz (PSC) têm motivos para encarar as próximas semanas como início de campanha. E é exatamente o que estão fazendo. Com base no mapa das eleições, que revela o desempenho dos oponentes em cada cidade, as coligações estão revisando metas para o 31 de outubro. 

Mesmo com uma vantagem de praticamente 17 pontos sobre Weslian, os petistas não subestimam a adversária. Pelo inegável fato de que a ex-primeira-dama manteve a intenção de votos do marido, mesmo com todo o desgaste provocado pela indefinição sobre o registro de sua candidatura e da de Roriz. A autorização veio menos de 24 horas antes das urnas e, mesmo assim, Weslian está no segundo turno. E agora começa a ser trabalhada como candidata de fato e de direito.

Por isso, para o PT não basta manter o patamar dos 48%. É preciso garantir uma margem de segurança. Diferença que os petistas vão buscar entre os eleitores de Toninho e especialmente do PV, de Marina Silva e de Eduardo Brandão. Há uma costura que já começou a ser trabalhada no sentido de amarrar o apoio do Partido Verde com a direção nacional da legenda. No caso do PSol será mais difícil fazer a aliança institucional, uma vez que Toninho tem dito que vai manter a neutralidade. Mesmo assim, estrategistas de Agnelo apostam que há possibilidade de convencer os eleitores do terceiro colocado a votar no PT, pois esse grupo teria em comum com Agnelo a aversão a Roriz.

No segundo turno, o foco se volta para dois candidatos e a diferença entre os adversários se acentua. Uma das apostas de Agnelo na primeira fase da campanha foi a de se colocar como crítico da saúde no DF, prometendo, na condição de médico, tornar-se o secretário dessa pasta em caso de vitória. Assessores de Agnelo avaliam que o tema tem apelo, mas não é forte o suficiente para roubar votos de Roriz. Assim, a política habitacional deve tornar-se o centro do programa petista. A coligação vai enfatizar o compromisso de contemplar 100 mil famílias com o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

Com todas as críticas de uma parte da população que desaprova a política habitacional de Roriz, a doação de lotes é ponto forte do grupo. O antídoto dos azuis para a investida do exército vermelho em território adversário será a comparação das administrações rorizistas com a do PT, que comandou o DF entre 1995 e 1998 e perdeu a chefia do Executivo para Roriz. Contra a tática do inimigo, os petistas querem marcar como ponto de referência o exemplo nacional de Lula, que será chamado para reforçar a campanha no DF, tanto para ajudar Agnelo, como a presidenciável Dilma, que não teve bom desempenho na capital, perdendo na maioria das zonas eleitorais para Marina Silva.

4 de outubro de 2010

Voto de Protesto elege Mais de um


Silvio Guedes Crespo

SÃO PAULO - Com 99.22% das urnas apuradas em SP, às 22h31, o candidato a deputado federal Tiririca (PR) aparecia com 1,344 mi de votos, o que lhe permitiria levar consigo outros 3 candidatos 'e meio' para Câmara, além de garantir sua própria vaga.

O total de votos válidos para deputado federal em SP, apurados até aquele momento, era de 21,2 mi. Como o Estado tem 70 cadeiras na Câmara, seriam necessários 302,3 mil votos para eleger um parlamentar na Casa. A votação em Tiririca elegeria, portanto, 4,5 candidatos contando com ele próprio. Candidato mais votado, Tiririca é consequentemente quem mais vai puxar votos para os colegas de coligação. O segundo maior puxador de votos de SP é Gabriel Chalita (PSB), com 557 mil votos. Até esse momento, a coligação que inclui Tiririca (PR, PT, PC do B, PRB e PT do B) tinha conquistado 24 vagas para deputado federal por São Paulo. Já a coligação PSDB-DEM-PPS, aparecia com 22 vagas.

A coligação de Chalita, PSB e PSL, tinha 7 cadeiras; o PV, 6, e o PDT, 3. As demais coligações juntas tinham 8 parlamentares em SP.

Os dados são parciais e o número de cadeiras de cada coligação ainda pode aumentar ou diminuir.