Google+ Canal Brasília: Cia de Comédia De 4 é melhor em entrevista exclusiva

10 de dezembro de 2010

Cia de Comédia De 4 é melhor em entrevista exclusiva

Por Leandro Lisbôa

Carreira e os desafios no Distrito Federal são assuntos da reportagem



O grupo está feliz com o reconhecimento do público e prepara novidades
 para os próximos meses (Foto: Arisson Tavares)
Em matéria de teatro o Distrito Federal não deixa a desejar. Está repleto de companhias de qualidade que fazem o público rir e chorar, sem muita dificuldade. 

Um dos mais conceituados grupos de teatro do DF, a companhia De 4 é Melhor – Comédia Ilimitada tem encantado o público com espetáculos cada vez melhores. 


O grupo se tornou conhecido no país com peças como Assexuados 2.0 – Nem a internet explica, Eu tenho a última temporada e Não durma de conchinha.

Em entrevista ao blog Canal Brasília, a Cia. fala sobre as dificuldades, a carreira e os projetos.

Canal Brasília: O que motivou a criação da Cia. De 4 É Melhor?
 De 4 é Melhor (Fabianna Kami): Tudo começou quando Bernardo Felinto me convidou para apresentar uma cena em um festival de esquetes. Aceitei e fiquei super empolgada com a ideia de criar um grupo. Na minha cabeça, sempre quis montar um e essa era a oportunidade perfeita. Criamos o grupo e, desde então, passamos por variações. Pessoas entraram e saíram e, no momento, a Cia.  De 4 é Melhor é composta somente por nós três (Fabianna Kami, Bernardo Felinto e Márcio Minervino).

A Cia, no início, mudou de nome, mas voltou ao nome original. Qual o motivo das mudanças?
A censura fez com que mudássemos, pois, era difícil conseguir patrocínio. As pessoas ficavam com certo receio por conta do nome e não tínhamos segurança para apresentar o grupo. Mudamos, então, para De 4 Naipes, mas logo vimos que não daria certo, não era um nome atrativo e também não tinha nada a ver com a gente, por isso, depois de um tempo, voltamos ao nome antigo. Como já éramos um pouco conhecidos, tivemos segurança para seguir com o nome. Usamos De 4 é Melhor,  devido ao trocadilho. Vimos que tem muito mais a ver com a gente e colocamos na cabeça que a partir de então seria este o nome e teriam que nos engolir. (risos).

Vocês têm a intenção de gravar um DVD com alguma de suas peças?
Sim, temos. Contudo, é complicado fazer isso agora. Para colocar um projeto assim, para frente, é importante ter uma boa equipe de produção, bem entrosada, principalmente em cenas que fogem ao comum. Se, por exemplo, o ator for entrar de cima, a produção tem que saber exatamente o que acontecerá para que isto não gere um “delay” (atraso gerado entre imagem e fala. A cena entra e a fala entra só depois de alguns segundos). Mas temos sim o interesse, ainda não o fizemos por detalhes técnicos e porque estamos completamente sem tempo.

Além disso, nossas peças têm certo direcionamento ao público do DF. Para um projeto desse, seria necessário fazer a adaptação de diversas coisas que utilizamos, principalmente, a linguagem, pois utilizamos muito o regionalismo. Além dos locais do DF que citamos nas peças.

Como está a  aceitação do público em relação ao atual espetáculo de vocês o Não durma de conchinha?
Simplesmente perfeito!  Todo mundo tem achado bacana. Por ser uma peça que fala de relacionamentos, achávamos que os casais sairiam de lá brigando, mas ocorre o contrário, eles saem do teatro super resolvidos. É um espetáculo para todos os públicos mesmo. Falamos de relacionamento com muito bom humor. Estamos adorando isso.

O que vocês acham de os pontos de cultura, como os teatros, estarem centralizados apenas em Brasília, deixando as regiões administrativas de lado?
É complicado. Não há muitos teatros no DF e, dos poucos que têm, nem todos são bons e dispõem de uma estrutura legal para apresentação. Mas há bons teatros em Sobradinho. Em Ceilândia tem o do SESI e o do SESC. O Guará também dispõe de teatro. Mas o problema não está apenas na ausência de teatros. Muitas vezes, tem o local, mas que não abre para temporada, como o Teatro do SESI, por exemplo, que só é possível reservar para única apresentação. E mesmo assim, temos trabalhado para levar nossa arte às outras regiões administrativas. Ano passado, fizemos apresentações em Taguatinga e o retorno está agendado para março do próximo ano.

Vocês pretendem apresentar novamente alguma das peças antigas?
Com certeza. Mas depende muito da peça. Por exemplo, em Eu Tenho a última Temporada é inviável apresentá-la novamente, pois o tema principal era descobrir o último episódio de Lost e como já foi revelado, não seria interessante, perderia o sentido. Caso apareça um novo seriado que faça muito sucesso, poderemos pensar em encená-la novamente. É preciso pensar em cada detalhe.

Caso vocês pudessem voltar no tempo, assim como na peça De volta aos anos 90, o que diriam a vocês mesmos?
Fabianna Kami – No começo eu era teimosa “pra  caramba”. Certamente, não me daria ouvidos e ainda diria: “Ah, que nada!” (risos)

Márcio Minervino – Sei exatamente o que eu me diria: “Moleque, se dedica só a isso aí e para de querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo.”

Bernardo FelintoEstou com o Márcio. Me diria isso também. Eu fazia muita coisa e acabava sem saber qual rumo seguir de verdade.

6 comentários:

  1. Essa Cia de comédia é muito boa... eu ia no assexuados quand onem existia twiter nem facebook, era só orkut e msn. Eles estão de parabéns e você também sempre a frente cescendo.Fux

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  2. Valeu, Fux.

    Obrigado mesmo.A Cia. sempre deixa todo mundo com a barriga doendo de tanta gargalhada, vale muito a pena assistir aos espetáculos. (Hoje mesmo eu vou assistir novamente DE VOLTA AOS ANOS 90.

    Quem ainda não viu, está perdendo a oportunidade de rir muito.

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  3. Muito psicodélico. Douglas Insano!

    Pode sentir inveja do Arisson... Ele esteve lá comigo.

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