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20 de janeiro de 2012

Crônica: Intervalo

Por Fabrício Fernandes

Essa crônica começa no dia em que escrevi tortuosamente. Mas a bem da verdade ela não é uma crônica. Talvez um elogio à cidade de Brasília, a cidades dos intervalos. Para mim foi assim, um intervalo. Eu vivia no Espírito Santo, mais especificamente em Brasília. Isso porque eu tive certa vez um sonho em que entrava numa boate de Brasília. Não só porque alguém me contou algo sobre a cidade, eu devia ter uns 20 anos. Eu vivia em Vitória, no Espírito Santo, como disse, e já sonhava literalmente em morar nesta cidade. Na verdade escrevo esta crônica porque assisto agora um vídeo da Clarice Lispector no You Tube e, recordei-me de ter lido em algum lugar em que ela disse que Brasília era o cabelo na sopa dela. Não compreendi, a primeira vista isso que ela disse, ou que algum amigo me contou que ela disse. 

Voltando a Clarice L., na verdade não me lembro bem quando comecei a ter esse desejo de escrever, nem de morar em Brasília, até porque as duas coisas se misturam. Isso pelo fato de que quando vivia aqui onde moro hoje, em Vitória, não escrevia. Comecei de fato em Brasília. De fato. Sei que isso não tem importância alguma. O fato de começar a escrever aí (nessa cidade). Mas comecei. Ponto final. Talvez esse ponto final seja a minha chave. O fato de que começar a escrever seja começar a morrer. Não tenho mais nada a dizer por hoje, embora tenha muita coisa a escrever, até porque estou vivo. Mas sobre Brasília, a minha cidade dos intervalos, e não transmito a ela elogios, apenas digo seu nome em respeito: BRASÍLIA.

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